domingo, 25 de agosto de 2019

A Constituição da cidade de Morrinhos moderna: as transformações na paisagem urbana - Painel 3

A HISTÓRIA CONTADA ATRAVÉS DA SUA PAISAGEM URBANA 








                                                                                                 Hamilton Afonso de Oliveira1

 A Constituição da cidade de Morrinhos moderna: as transformações na paisagem   urbana

 A movimentada rua barão do Rio Branco com seus edificios 


 Bar Presidente e Joquei Club – Rua Barão do Rio Branco

Foto: Por volta de 1955


Rua Barão do Rio Branco na década de 1950 era o principal centro econômico, social e cultural da cidade de Morrinhos. Já pavimentadas com pedras de paralepípados havia várias lojas (de roupas, armarinhos, calcados, briquedos, farmácias, etc.) com a maioria das fachadas remodeladas em estilo moderno. Em destaque na época,  o Bar Presidente no pavimento deste prédio o Joquei Club de animadas festas e desfiles de debutantes e o Cine-Teatro Hollywood. Nestes ambientes a  influência das tradições culturais dos grandes centros urbanos chegava em Morrinhos pelo  cinema e rádio, bem como, nos bailes animados da época do Jóquei Club com destaque para um novo estilo músical que estava conquistando o mundo: o Rock & Rol e músicas românticas da época.
Na foto abaixo, em sequência do lado, esquerdo prédio onde funcionou o Banco do Comércio e Indústria de Minas Gerais (o primeiro banco de Morrinhos), a loja A Revolução e o prédio de José Chaul que foi o primeiro da cidade construído com três andares. Construído nos  fins da década de 1940, ao que parece, inspirou-se, também no estilo Art Deco e foi inaugurado em 1950.
 As transformações na paisagem urbana se intensificavam com novas construções ou sofriam adaptações em suas fachadas inspiradas em estilos arquitetônicos modernos em voga naqueles tempos.







Rua Barão do Rio Branco - destaque o Edifício de José Chaul
Foto: provavelmente, fins década de 1950



 Casa à esquerda com fachadas em destaque, esquina com a rua Senador Hermenegildo,  foi residência do médico, fazendeiro e líder político local da época, Sylvio Gomes de Mello. Provavelmente, uma construção originalmente colonial que sofreu adaptações das  fachadas e  janelas insperados no estilo Art Deco. Tambem à frente do lado esquerdo, em contrução o prédio de dois pavimentos que outrora funcionou o Banco do Comércio e Industria de Minas Gerais,  Caixa Econômica Federal e a Receita Federal.


Foto: Provavelmente de fins da década de 1950.



Até a década de 1970, quando a maioria da população da cidade de Morrinhos ainda  viviam na zona rural e os principais eventos sociais e culturais estavam relacionadas às tradições sertanejas e aos festejos religiosos católicos. Além da tradicional Festa do Centenário, outras datas eram amplamente comemoradas, como no destaque  da foto acima, de preparativos para as festividades e comemorações pelo dia de Nossa Senhora Aparecida do dia 12 de outubro.
O bar da Esquina que ficava localizado na rua barão do Rio Branco esquina com a rua Senador Hermenegildo. Era bastante frequentado por comerciantes e trabalhadores do comércio onde se serviam café, bebidas e lanches.
Foi o último edifício em estilo colonial que resistiu ao tempo da rua Barão do Rio Branco, que acabou sendo demolido por volta dos fins da década de 1990, com o fechamento do Bar da Esquina.



Bar da Esquina. Neste local funcionou, anteriormente, a administração da Usina Força e Luz do Dr. Sylvio de Mello, a Livraria Cruzmaltina do Sr. Lucy Frauzino e a barbearia do Sr. João Doia.
Foto: Provavelmente da década de 1980. 


1 Doutor em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Professor do curso de Licenciatura em História e dos Programas de Pós-Graduação em Ambiente e Sociedade e História da Universidade Estadual de Goiás (UEG/Câmpus Morrinhos). Membro da Academia Morrinhense de Letras (AML). Atividade desenvolvida pelos bolsitas de História do Programa de Iniciação à Docência no Colégio Coronel Pedro Nunes.

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