

Hamilton Afonso de Oliveira1
A Constituição da cidade de Morrinhos moderna: as
transformações na paisagem urbana
A movimentada rua
barão do Rio Branco com seus edificios
Bar Presidente e Joquei Club – Rua
Barão do Rio Branco
Foto: Por volta de 1955
Rua Barão do Rio Branco na década
de 1950 era o principal centro econômico, social e cultural da cidade de
Morrinhos. Já pavimentadas com pedras de paralepípados havia várias lojas (de
roupas, armarinhos, calcados, briquedos, farmácias, etc.) com a maioria das fachadas
remodeladas em estilo moderno. Em destaque na época, o Bar Presidente no pavimento deste prédio o
Joquei Club de animadas festas e desfiles de debutantes e o Cine-Teatro
Hollywood. Nestes ambientes a influência
das tradições culturais dos grandes centros urbanos chegava em Morrinhos pelo cinema e rádio, bem como, nos bailes animados
da época do Jóquei Club com destaque para um novo estilo músical que estava conquistando
o mundo: o Rock & Rol e músicas
românticas da época.
Na foto abaixo, em sequência do lado, esquerdo prédio onde funcionou o
Banco do Comércio e Indústria de Minas Gerais (o primeiro banco de Morrinhos),
a loja A Revolução e o prédio de José Chaul que foi o primeiro da cidade construído
com três andares. Construído nos fins da
década de 1940, ao que parece, inspirou-se, também no estilo Art Deco e foi inaugurado em 1950.
As transformações na paisagem urbana se intensificavam com novas construções ou sofriam adaptações em suas fachadas inspiradas em estilos arquitetônicos modernos em voga naqueles tempos.
Rua
Barão do Rio Branco - destaque o Edifício de José Chaul
Foto:
provavelmente, fins década de 1950
Casa à esquerda com fachadas em
destaque, esquina com a rua Senador Hermenegildo, foi residência do médico, fazendeiro e líder
político local da época, Sylvio Gomes de Mello. Provavelmente, uma construção
originalmente colonial que sofreu adaptações das fachadas e
janelas insperados no estilo Art
Deco. Tambem à frente do lado esquerdo, em contrução o prédio de dois
pavimentos que outrora funcionou o Banco do Comércio e Industria de Minas
Gerais, Caixa Econômica Federal e a
Receita Federal.
Foto: Provavelmente de fins da década de 1950.
Até a década de
1970, quando a maioria da população da cidade de Morrinhos ainda viviam na zona rural e os principais eventos
sociais e culturais estavam relacionadas às tradições sertanejas e aos festejos
religiosos católicos. Além da tradicional Festa do Centenário, outras datas
eram amplamente comemoradas, como no destaque da foto acima, de preparativos para as
festividades e comemorações pelo dia de Nossa Senhora Aparecida do dia 12 de
outubro.
O
bar da Esquina que ficava localizado na rua barão do Rio Branco esquina com a
rua Senador Hermenegildo. Era bastante frequentado por comerciantes e
trabalhadores do comércio onde se serviam café, bebidas e lanches.
Foi
o último edifício em estilo colonial que resistiu ao tempo da rua Barão do Rio
Branco, que acabou sendo demolido por volta dos fins da década de 1990, com o
fechamento do Bar da Esquina.
Bar
da Esquina. Neste local funcionou, anteriormente, a administração da Usina
Força e Luz do Dr. Sylvio de Mello, a Livraria Cruzmaltina do Sr. Lucy Frauzino
e a barbearia do Sr. João Doia.
Foto:
Provavelmente da década de 1980.
1 Doutor em História pela Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Professor do curso de Licenciatura em
História e dos Programas de Pós-Graduação em Ambiente e Sociedade e História da
Universidade Estadual de Goiás (UEG/Câmpus Morrinhos). Membro da Academia
Morrinhense de Letras (AML). Atividade desenvolvida pelos bolsitas de História
do Programa de Iniciação à Docência no Colégio Coronel Pedro Nunes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário