segunda-feira, 25 de março de 2019

Mesopotâmia - Política e cultura




A organização política da Mesopotâmia tinha um soberano divinizado, assessorado por burocratas- sacerdotes, que estariam responsáveis por administrar a distribuição de terras, o sistema de irrigação e as obras hidráulicas. O sistema financeiro ficava a cargo de um templo, que funcionava como um verdadeiro banco, emprestando sementes, distribuído um documento semelhante ao cheque bancário moderno e cobrando juros sobre as sementes emprestadas.
De modo geral percebe – se que a forma de produção predominante na Mesopotâmia baseou-se na propriedade coletiva das terras administrada pelos templos e palácios. Os indivíduos só usufruíam da terra enquanto membros dessas comunidades. Acredita-se que quase todos os meios de produção estavam sobre o controle do déspota, personificações do Estado, e dos templos. O templo era o centro que recebia toda a produção, distribuindo-a de acordo com as necessidades, além de proprietário de boa parte das terras: é o que se denomina cidade-templo. Administradas por uma corporação de sacerdotes, as terras, que teoricamente eram dos deuses, eram entregues aos camponeses. Cada família recebia um lote de terra e devia entregar ao templo uma parte da colheita como pagamento pelo uso útil da terra. Já as propriedades particulares eram cultivadas por assalariados ou arrendatários.
Em termos culturais da, pré-história da Mesopotâmia poderia ser descrita através de comparando realizações humanas, e não relatando a interação entre diferentes pessoas. Não há base para reconstruir os movimentos e as migrações dos povos, a menos que esteja preparado para equiparar a disseminação de tipos arqueológicos particulares com a extensão de uma população específica, desta forma a mudança de tipos de população ou a aparência de novos tipos com uma imigração. As únicas evidências certas para o movimento de povos além de seus próprios limites territoriais são fornecidas no início por achados materiais que não são indígenas. Com a descoberta de obsidiana e lápis lazuli em locais na Mesopotâmia ou em suas terras vizinhas evidencia a existência de comércio, seja de comércio direto de caravanas ou de sucessões de estádios intermediários. Assim como nenhuma identidade étnica é reconhecível, então nada é conhecido da organização social dos assentamentos pré-históricos.  Quanto a artificial irrigação, que era indispensável para a agricultura no sul da Mesopotâmia, a forma mais antiga provavelmente não era o canal de irrigação. Desta forma supõe – se que, no início de todos esses acontecimentos, as margens fossem represadas para coleta nas bacias, perto das quais os campos estavam localizados. Os canais, que levaram a água mais distante do rio, se tornariam necessários quando a terra na vizinhança do rio não pudesse mais abastecer as necessidades da população.




Fontes:  www.sohistoria.com.br/ef2/mesopotamia/p5.php
www.stoodi.com.br/materias/historia/antiguidade-oriental/mesopotamia-politica-religiao-e-cultura/
brasilescola.uol.com.br/historiag/mesopotamia-sociedade-cultura.htm

domingo, 24 de março de 2019

Renascimento - Localização e Espaço

A partir do século XI, a Europa Ocidental passou por uma série de mudanças importantes: umas delas foi o aumento da produção de alimentos por causa da expansão das áreas agrícolas e da utilização de novas técnicas de cultivo da terra. Com o aumento da produção de alimentos, as pessoas passaram a viver mais e a ter mais filhos, o que levou a um aumento crescente da população.
Ao mesmo tempo, ocorreu também o crescimento do comércio com o Oriente; o aparecimento das feiras, das casas bancárias e o revigoramento das cidades. Mercadores circulavam pela Europa em suas caravanas, levando e trazendo mercadorias de diferentes partes do mundo; os banqueiros trocavam moedas; os donos de navios aumentavam sua frota.
A burguesia (mercadores, banqueiros e donos de navios) enriquecida buscava um prestígio social e político correspondente à sua riqueza material. Medir, calcular, pesar, experimentar e projetar, operações essenciais ao sucesso das atividades mercantis, tornaram-se práticas e conhecimentos socialmente apreciados.
Essas mudanças todas que vinham ocorrendo na Europa desde o século XI criaram as condições materiais para o surgimento do Renascimento, um movimento cultural intenso que começou no século XIV, nas cidades italianas, e se propagou por várias regiões da Europa.
Estudos das proporções do corpo humano feito pelo artista e cientista Leonardo da Vinci para o livro De Architectura, de Marco Vitruvio, 1492. Galeria da Academia. Veneza, Itália. 

Renascimento: características

Para melhor compreender o Renascimento vamos apresentar, de modo simplificado, algumas de suas características.
  • ·         Valorização do passado greco-romano: as obras dos gregos romanos da Antiguidade passaram a servir de modelo e inspiração para os artistas e cientistas do Renascimento.
  • ·         Antropocentrismo: O homem no centro das atenções; o homem passa a ser visto como um ser criativo, virtuoso, capaz de alcançar a glória e dono de seu próprio destino. Na época medieval predominava o teocentrismo (tudo convergia para Deus)
  • ·         Individualismo: atualmente a palavra individualismo é usada, muitas vezes como sinônimo de egoísmo. No Renascimento, porém, tinha sentido positivo; significava a capacidade individual, o talento e/ou a criatividade de cada um
  • ·         Uma nova visão do tempo: o tempo pertence ao homem e este deve usá-lo em benefício próprio, inclusive para enriquecer emprestando dinheiro a juros. Já na visão do homem medieval, o tempo pertence a Deus; por isso é pecado emprestar dinheiro a juros, ou seja, cobrar pelo tempo em que o dinheiro esteve emprestado.

 O Renascimento Italiano

O Renascimento começou nas movimentadas cidades da Itália, como Florença, Milão e Bolonha. Essas cidades governadas por famílias ricas e poderosas, que para se projetarem socialmente financiavam artistas e estudiosos. O homem rico – comerciante, banqueiro, príncipe ou papa – que financiava um artista ou cientista era chamado de mecenas, isto é, protetor das artes e das ciências. 

Texto retirado do livro: Boulos Júnior, Alfredo. História sociedade & cidadania, 7º ano/ 3. ed. - São Paulo: FTD, 2015 p. 141-145

Para mais informação acesse os sites:
DIANA, Daniela. “Renascimento: Características e Contexto Histórico”; Toda Matéria. Disponível em https://www.todamateria.com.br/renascimento-caracteristicas-e-contexto-historico/
PINTO, Tales. “Renascimento Cultural Europeu”; Escola Kids. Disponível em https://escolakids.uol.com.br/historia/renascimento-cultural-europeu.htm
SOUSA, Rainer Gonçalves. “Renascimento”; Mundo Educação. Disponível em https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/artes/renascimento.htm
SOUSA, Rainer Gonçalves. "Renascimento"; Brasil Escola. Disponível em https://brasilescola.uol.com.br/historiag/renascimento.htm

Assista também vídeo aula:
“Renascimento | Quer que desenhe |” Descomplica. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=6NbSXIdObDk
“História Geral #11 Renascimento”. Parabólica. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=QnjkthNjWu0
“O que foi o Renascimento? (História Ilustrada) ”. Parabólica. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=mILMl-dJcqI
“História – Renascimento Cultural – Introdução”. Stoodi. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=aU8X4uojx08
“Surgimento do Renascimento | História |” Descomplica. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=Gl6dEa7A41M

Antiguidade Oriental - Mesopotâmia

Sociedade & Economia

A Mesopotâmia (do grego meso, “meio”, potamos, “água”, significando “terra entre rios”) era uma região situada entre os rios Tigres e Eufrates, onde hoje se localiza grande parte do território do Iraque. Podemos dividi-la em Alta Mesopotâmia ou Assíria ) região montanhosa e ária, ao norte) e Baixa Mesopotâmia ou Caldéia ( ao sul, com terras ricas e férteis.).

Mapa da região mesopotâmica.
Fonte disponível em: https://tudorbrasil.com/2016/02/01/a-mulher-na-mesopotamia/

Desde o Paleolítico. Vários povos já habitavam essa região, que recebeu também inúmeros imigrantes vindos da Ásia, já que se tratava de área de passagem para o continente europeu e o norte da África. Destacaram-se, entre os povos, os sumérios, acádios, amoritas, assírios e caldeus. 
O clima da Mesopotâmia é quente e seco durante a maior parte do ano, e sua vegetação é pobre. Apesar disso, os povos da região souberam aproveitar as águas do Tigre e do Eufrates para irrigar a terra, praticar a agricultura e evitar os longos períodos de fome tão comuns naqueles tempos. Com isso, construíram cidades, reinos e impérios, deixando contribuições importantes para a humanidade. Entre esses povos estavam os sumérios, os acádios, os amoritas, os assírios e os caldeus.
A escrita e as leis
Durante muito tempo, acreditou-se que a escrita surgiu primeiramente na Mesopotâmia, por volta de 3000 a. C. Novos achados arqueológicos, no entanto, indicam que a escrita se desenvolveu, ao mesmo tempo, em diferentes partes do planeta. Ela pode ter sido inventada na Suméria, no Egito, na Índia, ou, então, na China, como indicam os vestígios lá encontrados.
Durante muito tempo, acreditou-se que a escrita surgiu primeiramente na Mesopotâmia, por volta de 3000 a. C. Novos achados arqueológicos, no entanto, indicam que a escrita se desenvolveu, ao mesmo tempo, em diferentes partes do planeta. Ela pode ter sido inventada na Suméria, no Egito, na Índia, ou, então, na China, como indicam os vestígios lá encontrados.
A escrita possibilitou à humanidade armazenar ideias e experiências e transmiti-las às novas gerações.
Na Suméria, o desenvolvimento da escrita não ocorreu de uma hora para outra; resultou de um longo processo com diversos estágios. Os Sumérios escreviam em tabuinhas feitas de argila úmida, que depois eram colocadas ao sol para secar. Para escrever, usavam uma espécie e palito afiado de extremidade triangular, com o qual faziam sinais em forma de cunha. Por isso, essa escrita recebeu o nome de escrita cuneiforme. 
Escrita cuneiforme
Fonte disponível em http://universodahistoria.blogspot.com/2010/07/escrita-cuneiforme.html
Sociedade e Poder
A sociedade mesopotâmica era hierarquizada. No topo estava o rei, que, originalmente, era o líder da comunidade e seu comandante militar em caso de guerra. Por meio da arrecadação de impostos e da guerra, o rei foi se fortalecendo e impôs sua vontade à população; a prova disso é que, por volta de 2600 a. C., surgiu na Mesopotâmia um novo tipo de construção o palácio, residência do rei e principal centro de poder.
O palácio era uma construção grandiosa que possuía várias repartições, oficinas, armazéns e espaço reservado ao treinamento militar; os militares eram treinados para manter o domínio do rei sobre a população, defender o reino e realizar novas conquistas.
Na Mesopotâmia, o poder político era privilégio dos homens e passava de pai para filhos; as mulheres quase nunca chegavam ao poder. Abaixo do rei vinha os sacerdotes, os nobres e os chefes militares. A seguir, os comerciantes, os escribas e os artesãos especializados. E, por último, os camponeses e os escravos (prisioneiros de guerra ou pessoas que não conseguiam pagar dívidas).

Os povos da Mesopotâmia dedicavam-se à agricultura, à pecuária, ao artesanato e ao comércio.
Aproveitando-se das aguas dos rios Tigres e Eufrates. Plantavam vários tipos de cereais, como a cevada, o trigo e o centeio. E plantavam também o linho e o algodão, usados na confecção de tecidos. Nos espaços entre as plantações e ao redor das casas, cultivavam legumes, hortaliças e frutas (especialmente a tâmara).
Tamareiras (espécie de palmeira que produzi tâmara)
Fonte disponível em: https://hav120151.wordpress.com/2017/07/11/jardins-na-antiguidade-da-mesopotamia-a-roma/
Além disso, os mesopotâmicos criavam ovelhas, porcos e bois (usando também como animais de tração), jumentos (para o transporte de cargas) e carneiros (dos quais extraíam a preciosa lã). Os pastores trocavam seus produtos com os agricultores, e ambos realizavam trocas com os habitantes das cidades.
As extraordinárias peças encontradas em sítios arqueológicos do Iraque mostram que, na Mesopotâmia, havia um grande número de artesãos especializados: tecelões, carpinteiros, ferreiros, joalheiros, entre outros.
Nas oficinas dos templos eram feitos objetos de cerâmica, madeira e metal, com acabamento refinado, e que continuam sendo admirados até hoje. Mas, como a Mesopotâmia era pobre em minérios e madeira, organizavam-se expedições para buscar essas matérias-primas em lugares distantes.
Parte da riqueza que circulava pela Mesopotâmia era entregue ao rei ( na forma de impostos) e aos sacerdotes ( na forma de oferendas feiras aos templos). A população livre também era convocada a trabalhar em grandes obras, como palácios, tempos e canais.
O comércio da Mesopotâmia com outras regiões era intenso. Seus mercadores percorriam longas distancias levando para outras regiões cereais, lã e tecidos e, na volta traziam diferentes produtos. Da Ásia Menor vinha a madeira (cedro e cipreste); e do Egito, os metais (outro e prata); e da Índia, artigos de luxo (marfim e pérolas). Quase todo o comércio era à base de troca.  

Texto retirado do livro - Boulos Júnior, Alfredo. História sociedade & cidadania, 6ª ano - 3, ed. - São Paulo: FTD, 2015.  p. 108-119

Para ter mais informação acesse os sites:

Mesopotâmia 20 recursos para você aprender mais. Disponível em https://historiadigital.org/recursos/mesopotamia-20-recursos-para-voce-aprender-mais/
SILVA, Daniel Neves. "Mesopotâmia". Disponível em  https://escolakids.uol.com.br/historia/a-mesopotamia.htm

Assista também vídeo aula sobre a Mesopotâmia:
Playlist - "Mesopotâmia" (Se liga nessa história). Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=uoiQT5QKbI0&list=PLPNLvl90MqKRA21UUfpOGo0Dzz1kfZKsR
"História - Mesopotâmia - Localização, Economia e Sociedade" (Stoodi). Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=ZclCE5ajfpA

        

Desenvolvimento da Humanidade


Geralmente o modo pelo qual se reflete sobre a evolução humana é marcada como algo linear, partindo de um ancestral em comum com macaco para se chegar até o Homo sapiens do modo que conhecemos atualmente. Yuval aponta que é não dessa maneira direta que aconteceu, um longo caminho evolutivo foi necessário para se chegar a uma pequena e valiosa mudança que é determinada por necessidades e recursos de cada época.
Evolução Humana
Fonte Disponível em : https://www.significados.com.br/evolucao-humana/

As alterações que ocorrem ao longo do tempo anos permitiu atingir determinadas vantagens em comparação a outras espécies, que determinam a continuidade ou soberania continuada ao longo dos tempos por determinadas espécies. A capacidade de comunicação desenvolvidas por seres humanos permitiu maior organização, troca de experiências de modo uma vantagem evolutiva que nenhuma espécie realizava desse modo e graças da espécie ao longo do tempo. Esse tipo de vantagem evolutiva foi chamado de Revolução Cognitiva, mesmo outras espécies que desenvolveram sua linguagem não era capas de se aproximar da comunicação desenvolvida pelos humanos.
Outro ponto de evolução que podemos observar foi a Revolução agrícola. A evolução foi realizada do modo de vida das pessoas, que passam a serem transformadas por atitudes tomadas pelas necessidades daquelas pessoas. Se passou a cultivar plantas comestíveis e a domesticar os animais tudo isso a cerca de 850 anos antes de Cristo, o cotidiano passou a ser alterado o trabalho e estresse foram introduzidos nas pessoas a partir desse momento.
Revolução Agrícola
Fonte disponível em: https://escolaeducacao.com.br/revolucao-agricola/ 

Com plantações os seres humanos foram deixando de serem nômades e transformando-se em sedentários, passam a se fixarem em um lugar só o que permitiu o aumento na produção e desenvolvimentos de técnicas agrícolas para se produzir mais. Desta forma foi possível se produzir mais o que levou ao aumento do número da população hierarquias começaram a serem estabelecidas, a vida começa a se modificar em novo modelo transformando aos poucos a realidade construída. Grupos começaram a ser organizar em pequenos vilarejos por volta de 8500 antes de Cristo.
A Revolução Cientifica se tornou responsável pela expansão da forma de vida dos seres humanos, através dela é possível diminuir distancias e aumentar a velocidade de comunicação, transformação modo meio social e novas necessidades desempenhadas pela realidade em que vivemos. As transformações que levam a revolução científica começaram a ser iniciadas a cerca 500 anos atrás, inovações nas áreas tecnológica, de poder militar e inovações e descobertas realizadas que marcam essa revolução. Mudando o modo em que vivemos, os cientistas buscam observar e compreender o funcionamento das coisas ao seu redor realizando isso através da criação de teorias e objetos para tentar esclarecer alguns fatos que não compreendemos.
A partir dessas evoluções e transformações diversas mudanças foram se tonado possíveis através da ciência os seres humanos desenvolveram a capacidade de entender o funcionamento do planeta e da natureza possibilitando que o homem possa consolidar sua dominação sob o planeta.

Referências
Sapiens: o que faz a humanidade ser o que ela é
PENA, Rodolfo F. Alves. "Evolução da agricultura e suas técnicas"Brasil Escola. Disponível em https://brasilescola.uol.com.br/geografia/evolucao-agricultura-suas-tecnicas.htm
História; Estudo Prático. Disponível em: https://www.estudopratico.com.br/materia/historia/pre-historia/

Para mais informação assista: 
"Pré-História" (Se liga nessa história). Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=IAzZ9HXA2xw
"Humanidade: Como chegamos até aqui?" (As crônicas do mundo). Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=YQDFnudUBdA


segunda-feira, 18 de março de 2019

Pré-História: Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais


   A Pré-História é o período do passado da humanidade que vai do aparecimento do homem à invenção da escrita e que abrange milhões de anos, ela se divide em dois grandes períodos: a Idade da Pedra e a Idade dos Metais.
  • Idade da Pedra é compreendida entre o aparecimento dos primeiros hominídeos e mais ou menos 10000 a.C.. a Idade da pedra também é dividida em Período Paleolítico (do surgimento da humanidade até 8000 a.C.), e Período Neolítico (de 8000 a.C. até 5000 a.C.);

  • Idade dos metais (5000 a.C. até o surgimento da escrita, por volta de 3500 a.C.).


   O Paleolítico é o período mais extenso da Pré-História da humanidade, compreendido entre seu surgimento, por volta de 4,4 milhões de anos, até 8000 a.C, nessa época os homens viviam em bandos e ajudavam uns aos outros na obtenção de alimentos, através da caça, da pesca e da coleta de frutos, raízes e ovos, o que os obrigava a uma vida nômade. A baixa temperatura leva os grupos de hominídeos a se abrigar em cavernas e a construir habitações com galhos de árvores e a compartilhar o uso dos rios, das florestas e dos lagos. Os instrumentos utilizados, a princípio eram de osso e madeira, depois, lascas de pedra marfim. Fabricavam machados, facas e outros instrumentos pontiagudos.
    Uma descoberta importante nesse período foi domínio do fogo. Estima-se que o fogo passou a ser controlado pela humanidade há 500 mil anos, na África oriental. Com seu controle, os grupos passaram a se aquecer do frio, a cozinhar alimentos, defender-se dos animais ferozes, iluminar a noite etc. Por volta de 30000 a.C., o Homo Sapiens aperfeiçoou a técnica da caça e da pesca, inventou o arco e a flecha e criou a arte da pintura. Em torno de 18000 a.C. a Terra passou por transformações climáticas e geológicas. Essas transformações, que duraram milhares de anos, mudaram significativamente a vida animal e vegetal do planeta e alteraram a relação entre homem e natureza. O homem entrou num período denominado Neolítico.
   No período Neolítico, novas modificações climáticas alteraram a vegetação. Aumentaram as dificuldades para caçar e se instalaram nas margens dos rios, o que contribuiu para o desenvolvimento da agricultura, com o plantio de trigo, cevada e aveia.
 
O homem aprendeu a domesticar alguns animais e a criar gado. Surgiram os primeiros aglomerados populacionais, com finalidade principalmente defensiva. Seus objetos tornaram-se mais bem acabados, pois a pedra, depois de lascada, era esfregada no chão ou na areia até tornar-se polida. Desenvolveram a arte da cerâmica, fabricando grandes potes para guardar o excedente da produção agrícola. Desenvolveram as técnicas de fiação e tecelagem para a confecção de tecidos de lã e linho, em substituição aos trajes confeccionados com peles de animais. Apareceram os primeiros trabalhos em metais pouco duros, como o cobre e o ouro. Começaram as viagens por terra e por mar. A organização social, denominada comunidade primitiva, baseava-se nos laços de sangue, idioma e costumes. A fase final do Neolítico caracterizou-se pela desintegração do sistema de comunidade primitiva e pela origem das sociedades organizadas em Estados e divididas em diferentes camadas sociais.
   Já a Idade dos Metais foi marcada desenvolvimento de técnicas de fundição de metais possibilitou o abandono progressivo dos instrumentos de pedra. O primeiro metal a ser fundido foi o cobre, posteriormente o estanho. Da fusão desses dois metais, surgiu o bronze, mais duro e resistente, com o qual fabricavam espadas, lanças etc. Por volta de 3000 a.C. produzia-se bronze no Egito e na Mesopotâmia. A metalúrgica do ferro é posterior. Tem início por volta de 1500 a.C., na Ásia Menor. Por ser um minério mais difícil de ser trabalhado difundiu-se lentamente. Em razão da sua superioridade para a fabricação de armamentos, o ferro contribuiu para a supremacia dos povos que souberam utilizá-lo com essa finalidade.


Fontes: https://www.todamateria.com.br/pre-historia-resumo/
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-arte-prehistoria-nos-periodos-paleolitico-neolitico.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/paleolitico.htm
https://www.estudopratico.com.br/periodo-neolitico-caracteristicas/

Renascimento: características e influências (arte).

A partir do século XI, a Europa Ocidental passou por uma série de mudanças importantes: uma delas foi o aumento da produção de alimentos por causa da expansão das áreas agrícolas e da utilização de novas técnicas de cultivo da terra.
Ao mesmo tempo, ocorreu também o crescimento do comércio com o Oriente; mercadores circulavam pela Europa em suas caravanas, levando e trazendo mercadorias de diferentes partes do mundo; os banqueiros trocavam moedas; os donos de navios aumentavam sua frota. A burguesia (mercadores, banqueiros e donos de navios) enriquecida buscava um prestígio social e político correspondente à sua riqueza.
Essas mudanças todas que vinham acontecendo na Europa desde o século XI criaram as condições materiais para o surgimento do Renascimento¹, um movimento cultural intenso que começou no século XIV.
Vejamos alguns acontecimentos históricos que contribuíram para o seu desenvolvimento. O Renascimento está situado num período de transição entre a Idade Média e a Modernidade, o que corresponde ao final do Feudalismo e início do Capitalismo. Naquele momento, uma importante mudança no modo de perceber o mundo estava ocorrendo: passava-se de um pensamento predominantemente teocêntrico - onde tudo se explica a partir de uma origem divina - para uma visão de mundo antropocêntrica, onde o homem assume papel central em relação ao universo. Tais pensamentos resultaram no surgimento do Humanismo², um movimento intelectual que se dedicou a valorizar a condição humana e suas múltiplas possibilidades de realizações e descobertas em variados campos do saber, tais como a ciência, a literatura e as artes.
Durante o Renascimento houve um grande desenvolvimento naval, comercial e urbano, o que resultou em um significativo crescimento econômico, que deu origem a uma nova classe social, a burguesia. Em virtude dessa ascensão social de uma parcela da população, surgiu um modo diferente de relação entre a arte e a sociedade: o mecenato. O mecenas foi uma figura de extrema importância nesse contexto, pois costumava patrocinar os artistas e suas obras, auxiliando assim na expansão de múltiplos talentos. Sem esse cenário econômico favorável, talvez o Renascimento não encontrasse condições para se desenvolver.
A arte foi a área mais influenciada por ideais renascentistas, começando pela arquitetura. O Renascimento foi repleto de inovações técnicas no campo artístico. A observação direta da realidade é um deles. Assim, os artistas costumavam desenhar exaustivamente para melhor representarem em suas pinturas e esculturas aquilo que estava diante deles. Outras invenções importantes foram a pintura de cavalete, e o aprimoramento e uso popularizado da tinta a óleo, pois permitiram tanto o deslocamento e comercialização das obras, quanto uma maior vivacidade nas cores e efeitos mais realistas nas pinturas. Além disso, os artistas, antes anônimos, passaram a ser valorizados pela sociedade. Com isso, teve início a prática do autorretrato, que podemos comparar, em menores proporções, com as atuais selfies.
                                                                                                                                                        
Mecenas: indivíduo rico que protege artistas, homens de letras ou de ciências, proporcionando recursos financeiros, ou que patrocina, de modo geral, um campo do saber ou das artes.                       
Burguesia: é uma classe social do regime capitalista, onde seus membros são os proprietários do capital, ou seja comerciantes, industriais, proprietários de terras, de imóveis, os possuidores de riquezas e dos meios de produção.       
                                                                                                                                                        
¹ Veja mais em:  Renascimento. Links: https://www.infoescola.com/movimentos-culturais/renascimento/ - https://brasilescola.uol.com.br/historiag/renascimento.htm 
                                                                                                                                                  
² Veja mais em: Humanismo: conceito, resumo e características. Link: https://www.significados.com.br/humanismo/




domingo, 17 de março de 2019

Cultura Medieval


A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL


A Formação da Europa Medieval foi um processo que aconteceu com forte influência da Igreja Católica. Este momento da história do continente europeu também foi marcado pelo feudalismo, pela produção agrícola e pela divisão de classes sociais.
Os senhores feudais eram os grandes proprietários de terras, normalmente herdeiros dos patrícios romanos. Essa sociedade feudal começou a ganhar força na Europa a partir da miscigenação cultural que envolveu os povos germânicos e romanos.
Esse sistema começou a se formar depois do poder da dinastia carolíngia, que foi marcado por diversas conquistas militares e pela vassalagem. Após a morte de Carlos Magno, o sistema feudal se estabeleceu de maneira permanente, criando novas características que fizeram parte da Europa Medieval por muitos anos.
O principal aspecto dessa sociedade era a presença do senhor feudal e de seu feudo. Os plebeus eram a mão de obra servil, e a Igreja Católica era responsável por comandar as regras da sociedade, a cultura, a política e os comportamentos. Em resumo, a Igreja era o poder maior da Europa Medieval.
Este período histórico do continente europeu teve início após o Império Romano ser ruralizado. A política dessa época era comandada pelos chefes das dinastias, que mantinham suas alianças militares.
A Igreja Católica criou os Estados Papais durante a Europa Medieval. Isso fez com que a Idade Média tivesse um extremo controle religioso.
A economia era basicamente agrária e de subsistência, e havia também a prática comercial de trocas de produtos e mercadorias. O poder político era descentralizado e a sociedade era dividida em: clero, nobreza, trabalhadores rurais, alfaiates, comerciantes, andarilhos, oficiais mecânicos, ferreiros, ourives e servos.
Nesta divisão rígida da sociedade, os servos eram os que mais sofriam, por causa da exploração de mão de obra e da obediência que deviam aos senhores feudais durante toda a vida. Essa era uma condição bastante semelhante à escravidão.

A CULTURA MEDIEVAL

A Idade Média foi chamada pelos renascentistas de Idade das Trevas. Esse nome surgiu porque eles consideravam que naquele período da história europeia as artes e o conhecimento pouco teriam se desenvolvido. Mas será que o mundo medieval foi mesmo época de trevas e escuridão?

Na verdade, os renascentistas desejavam salientar a diferença entre o momento em que viviam e o período anterior que, segundo eles, era dominado pela religião. Tudo era explicado pelos dogmas da Igreja católica, tudo ocorria conforme a vontade de Deus. Os renascentistas não desacreditavam na existência de Deus, mas desejavam colocar o ser humano no centro das artes e do conhecimento.

Essa ideia representou uma verdadeira revolução. Inspirados na cultura dos gregos e romanos, os renascentistas começaram a observar e a compreender os seres humanos e os fenômenos naturais de uma forma diferente.

Em toda a Europa ocidental, é possível encontrar vestígios do mundo medieval. São castelos, igrejas, pinturas, livros, relíquias, entre tantos outros objetos e construções. Na imagem, destacamos um dos monumentos mais importantes e famosos da Itália, a Torre de Pisa, construída entre 1174 e 1372.

 A PRODUÇÃO CULTURAL NA IDADE MEDIA

A partir dos séculos IV e V, o Império Romano do ocidente começou a se desestruturar. Crises econômicas, dificuldades em manter as fronteiras e a invasão de povos inimigos, sobretudo de origem germânica, eram alguns dos problemas enfrentados pelos romanos.
Esse cenário contribuiu para uma transformação radical na vida cultural dos povos europeus. Com o tempo, os costumes romanos e germânicos se misturaram, dando origem ao mundo feudal. Nele, os mosteiros e as abadias tornaram-se um dos principais centros de produção cultural.
Na Idade Média, assim como na Antiguidade, eram poucas as pessoas que sabiam ler e escrever. A maior parte da leitura era feita em voz alta para um grupo de ouvintes, como nas missas. Por isso, os textos eram todos preparados para serem lidos em público, com imagens fortes e teatralizadas.
As pessoas mais instruídas pertenciam a Igreja, que controlava grande parte das atividades artísticas, literárias e intelectuais da época. O controle da leitura e da escrita era uma de a Igreja manter seu poder e de impedir que as pessoas pensassem diferentemente de seus dogmas.

A PRODUÇÃO LITERÁRIA

A maior parte da literatura foi escrita em latim e tratava de temas religiosos. O principal objetivo dessa produção era comprovar a existência de Deus e da alma.
Nessa época, o universo era compreendido dentro de uma hierarquia de seres. No topo desta hierarquia estava Deus, seguido pelos arcanjos, anjos, chegando até os seres humanos, os animais, os vegetais e os minerais. A concepção de um universo hierarquizado foi importante para justificar a ordem social existente, na qual os reis deviam obediência à Igreja, os servos aos senhores feudais, etc

O CONHECIMENTO NA IDADE MÉDIA

Na Idade Média, a maior parte dos estudos estava ligada à teologia, Os clérigos, os principais estudiosos, não tinham praticamente nenhum interesse pelo conhecimento da natureza. “Discutir a natureza e a posição da Terra”, disse Santo Agostinho, “não nos auxilia em nossa esperança de vida futura.” Interessava conhecer o mundo de Deus, já que a vida na terra era apenas um momento passageiro.
A vida intelectual concentrava-se nos mosteiros e os estudo do universo cristão permaneceu mais importante do que o estudo das ciências naturais

POVOS GERMÂNICOS

Os povos germânicos são etnias indo-europeias originalmente estabelecidas na Europa setentrional.
A maior fonte de conhecimento que temos dos germânicos data do governo de Júlio César (100 a.C - 44 a.C), quando o imperador romano empreendeu várias guerras contra estes povos.

ORIGEM

Os povos germânicos habitavam o norte da Europa, onde hoje estão localizados países como a Alemanha, Áustria, Dinamarca, Noruega, Suécia, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Reino Unido e parte da França.
Como não possuíam alfabeto, não há fontes escritas pelas próprias tribos germânicas. Por isso, as evidências arqueológicas são essenciais para descobrir como viviam ditos povos.
Confira no mapa abaixo onde se localizavam os principais reinos germânicos.



Os reinos germânicos após a queda do Império Romano

MITOLOGIA GERMÂNICA

A mitologia germânica é muito semelhante à mitologia nórdica, a ponto de alguns estudiosos usarem os termos como sinônimos.
Eles adoravam vários deuses que personificavam a natureza, virtudes e defeitos dos homens como era costume no paganismo.
Por esta razão, encontramos as Valquírias, e os deuses Odin, Thor e Freya, tal como existem nas lendas escandinavas.
As principais tribos germânicas são:
Alamanos, Alanos, Bávaros, Francos, Frísios, Lombardos, Normandos, Ostrogodos, Saxões, Suevos, Vândalos, Vikings, Visigodos.

ORGANIZAÇÃO SOCIAL

Encontramos a divisão de trabalho por sexo com a mulher sendo responsável pelo trabalho no campo, na casa e por tecer. Usavam roupas de lã ou pano, que podia ser branca, negra e até tingidas de vermelho.
Os homens, por sua vez, se ocupavam do pastoreio, da caça e da guerra. Esta era uma atividade constante, pois as tribos viviam guerreando entre si.
Apesar da divisão de trabalho entre sexos, as mulheres ocupavam um lugar especial dentro da hierarquia tribal, pois eram sacerdotisas, curandeiras, parteiras e videntes.

CASAS E ALIMENTAÇÃO

As tribos germânicas viviam em casas comunais, construídas de madeira e barro, onde viviam homens e animais. Uma tribo não tinha mais que 20 casas.
Alimentavam-se de nozes, raízes e tubérculos. Sua atividade principal era o pastoreio, mas raras vezes comiam carne.
Os povos germânicos praticavam a agricultura e deixavam grandes espaços de terreno livre ao redor de suas tribos, que lhes serviam de pasto para o gado.

Referências:
BEZERRA, Juliana. Povos Germânicos. Toda matéria. Disponível em < https://www.todamateria.com.br/povos-germanicos/>. Acesso em: 16/03/2019.
"Cultura Medieval - As artes" em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2019. Disponível na Internet em <http://www.sohistoria.com.br/ef2/cultmedieval/p2.php>. Acesso em: 16/03/2019.  

Para mais informação acesse o site:
PINTO, Tales. "Idade Média, um resumo". Disponível em https://escolakids.uol.com.br/historia/idade-media-um-resumo.htm

 E assista vídeo aula:
"Resumo de História: Idade Média (tudo o que você precisa saber!)" Débora Aladim. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=CTIs_RSPr84
Playlist - "Idade Média". Se liga nessa história. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=hehqnvTus1k&list=PLPNLvl90MqKQ3o7Ssj80Cg8pN4HZ05beo

"Idade Média: quando começou e quando acabou?". Xadrez Verbal. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=fA0mrh7Jhc0

quinta-feira, 14 de março de 2019

O ISLAMISMO


   O Islamismo surgiu no século VI na Arábia, lugar onde população era maioria politeísta, mas existiam algumas tribos judaicas e algumas de tradição cristã. O fundador da religião foi Maomé, de acordo com a tradição islâmica, Maomé ouviu a voz do Anjo Gabriel enquanto meditava por volta de 610 d.C. Segundo o Anjo Gabriel, Maomé seria o Último Profeta de Deus. Para os seguidores do Islamismo, a Palavra de Deus foi revelada a Maomé e está contida no Livro Sagrado: o Alcorão. Os islamitas seguem as palavras e a vontade de Alá (Deus).
  As pregações do profeta eram contrárias as maiores fontes de renda de Meca: a peregrinação dos idólatras, que adoravam as várias divindades dos templos locais, diferente da que ele pregava, que era monoteísta. Como ele e seus adeptos começaram a ser perseguidos em Meca, eles fugiram no intuito de criar a primeira comunidade islâmica em Medina. Essa “fuga” ficou conhecida como Hégira, e marca o início do calendário dos muçulmanos. Maomé foi conquistando cada vez mais seguidores, até conseguir força para derrotar e expulsar de Meca seus rivais. Após sua morte em 632, seu sogro Abu Bakr passou a ser responsável pela expansão do da nova doutrina, que nos séculos que se sucederam se espalhou pela Europa, Ásia e África.
  Duas vertentes são reconhecidas no Islamismo: os sunitas (o maior e mais ortodoxo grupo islâmico, constituindo maioria religiosa em países como o Iêmen e a Arábia Saudita, entre muitos outros) reconhecem a sucessão de Maomé por Abu Bakr e pelos três califas que o seguiram; os xiitas reconhecem a sucessão de Maomé por Ali, seu sobrinho. Os símbolos mais importantes para os islâmicos são a família e a mesquita, os elementos centrais da vida dos seguidores do Islamismo. 
As práticas religiosas são fundamentais, como:

  • As cinco preces diárias à Alá;
  • O dever de oferecer parte de seus bens para os necessitados;
  • O jejum entre o amanhecer e entardecer durante a data do Ramadan;
  • Todos os seguidores da religião devem realizar a peregrinação à cidade de Meca, pelo menos uma vez na vida, simbolizando a peregrinação de Maomé a Meca.
  • E o mais importante: Crer em Alá e em Maomé




Fontes: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-o-islamismo-surgiu/
https://www.infoescola.com/islamismo/maome/
https://brasilescola.uol.com.br/religiao/islamismo.htm

SOCIEDADE ÁRABE. 


"Antes da formação e consolidação da sociedade Árabe, os povos da Arábia eram compostos por diversas tribos semitas. A sociedade árabe só começou a se formar realmente depois do surgimento da religião do Islamismo, que tem como mestre o profeta Maomé. A sociedade árabe é bastante diversa e conta com diferentes culturas. Esse povo foi responsável por importantes descobertas médicas e cientificas, e sempre apresentou uma riqueza cultural, que se manifestou principalmente nas artes, na literatura e na arquitetura.
A sociedade árabe é marcada pela construção de grandes palácios e mesquitas. Essa civilização também é lembrada pela grande habilidade comercial. O comércio na sociedade árabe era feito através de caravanas. A religião predominante nessa sociedade é, sem dúvida, o Islamismo, fundado por Maomé. Entretanto, a região também apresenta um sincretismo religioso, com a convergência de judeus e cristãos.
O Islamismo é uma religião monoteísta, que crê em apenas um deus, chamado de Alá. O livro sagrado é o Corão ou Alcorão, que conduz os fiéis por meio dos princípios religiosos, políticos e morais da sociedade.
A sociedade árabe acredita na Jihad, ou guerra santa, contra os infiéis. Para eles, a luta pelos ensinamentos islâmicos conduz ao paraíso. A base da sociedade árabe é a sua comunidade. A união dos povos tem o objetivo de garantir a expansão territorial, o poder político e a conversão dos povos ao Islã."

"A civilização árabe ou islâmica surgiu no Oriente Médio, numa península desértica situada entre a Ásia e a África. É área de aproximadamente um milhão de quilômetros quadrados, com centenas de milhares recobertos por um enorme deserto, pontilhados por alguns oásis e por uma cadeia montanhosa, a oeste. Somente uma estreita faixa no litoral sul da península possui terras aproveitáveis para a agricultura.
Até o século VI, os árabes viviam em tribos, sem que houvesse um Estado centralizado. No interior da península havia tribos nômades de beduínos, que viviam basicamente do pastoreio e do comercio. Às vezes entravam em luta pela posse de um oásis ou pela liderança de uma rota comercial. Também era comum o ataque a caravanas que levavam artigos do Oriente para serem comercializados no Mar mediterrâneo ou no Mar Vermelho.
Apesar de dispersos num grande território os árabes edificaram algumas cidades, entre as quais as mais importantes localizavam-se a oeste, na parte montanhosa da Península Arábica. Eram elas: latribe, Taife e Meca, todas na confluência das rotas das caravanas que atingiram o Mar Vermelho. A cidade de Meca era, sem dúvida, a mais destacada, pois, como centro religioso de todos os árabes, ali se reuniam milhares de crentes, o que tornava seu comércio ainda mais intenso.
Embora fossem politeístas e adorassem diversas divindades, os ídolos de todas as tribos estavam reunidos num templo, chamado Caaba, situado no centro de Meca. A construção, que existe até hoje, assemelha-se a um cubo e, assim como a administração da cidade, ficava sob os cuidados da tribo dos coraixitas.

Maomé, o Profeta

Maomé, que iria causar enormes transformações em seu povo e no mundo, nasceu por volta de 570, na poderosa tribo dos coraixitas. Tendo sido por muito tempo guia de caravanas, Maomé percorreu o Egito, a Palestina e a Pérsia, conhecendo novas religiões, como o judaísmo e o cristianismo. A grande transformação de sua vida teve lugar quando, já bem estabelecido economicamente, divulgou que tivera uma visão do anjo Gabriel - entidade da religião cristã - em que este lhe revelara a existência de um deus único. A palavra deus, em árabe, se diz Alá.
Começou então a pregar o islamismo, ou seja, a submissão total a Alá, com a consequente eliminação de todos os outros ídolos. Os crentes na nova religião eram chamados muçulmanos ou maometanos.
A revelação feita a Maomé e todas as suas pregações estão reunidas no Corão, o livro sagrado dos muçulmanos e primeiro texto escrito em árabe. Além da submissão total a Alá, o Corão registra as seguintes regras fundamentais para os muçulmanos: orar cinco vezes por dia com o rosto voltado para Meca; jejuar regularmente; dar esmolas; peregrinar ao menos uma vez na vida para Meca. Com os ensinamentos de Maomé se instalaram também outras regras de comportamento individual e social, como a proibição de consumir carne de porco, de praticar jogos de azar e de reproduzir a figura humana, além da defesa da autoridade do pai na família e da permissão da poligamia masculina.

Os habitantes de Meca, temerosos de perder o comércio as caravanas de fiéis que se dirigiam à Caaba, passaram a perseguir Maomé, e a maioria da população árabe da cidade não aderiu ao seu monoteísmo. Maomé foi obrigado, então, a fugir para latribe, que passou a chamar-se Medina, nome que significa a "cidade do profeta". Essa fuga, que ocorreu em 622, é chamada de héregia e indica o início do calendário muçulmano, tendo, para esse povo, o mesmo significado que o nascimento de Cristo tem para os cristãos.
Gradualmente, o número de crentes em Alá foi aumentando e, apoiado nessa força, Maomé começou a pregar a Guerra Santa, ou seja, a expansão do islamismo, através da força, a todos os povos "infiéis". O grande estímulo era dado pela crença de que os guerreiros de Alá seriam recompensados com o paraíso, caso perecessem em luta, ou com a partilha do saque das cidades conquistadas, caso sobrevivessem. A Guerra Santa serviu para unificar as tribos árabes e tornou-se um dos principais fatores e permitir a expansão posterior do islamismo.

A Expansão Muçulmana

Após a morte, Maomé foi substituído pelos califas - os "sucessores do profeta" - que eram chefes religiosos e políticos. Com os califas iniciou-se a expansão da civilização muçulmana, motivada principalmente pela necessidade de terra férteis que o aumento populacional da Península Arábica após a unificação das tribos exigia.
Os guerreiros islâmicos, impulsionados pela crença no paraíso após a morte e pelas recompensas terrenas, avançaram rapidamente, aproveitando-se da fraqueza de seus vizinhos persas e bizantinos. Caracterizando-se, em geral, pelo respeito aos costumes dos povos vencidos, os muçulmanos dominaram toda a Península Arábica. Expandindo-se para leste, alcançaram a Índia e, estendendo-se em direção ao Mar Mediterrâneo, conquistaram o norte da África e parte da Península Ibérica.
Apesar do avanço muçulmano na Europa ter sido freado na Batalha de Poitiers, em 732, pelo franco Carlos Martel, os árabes ainda conseguiram conquistar as ilhas Baleares, a Sicília, a Córsega e a Sardenha. A extensão dos domínios muçulmanos pelo Mediterrâneo prejudicou o comércio da Europa Ocidental com o Oriente. Este foi um dos fatores que contribuíram para o isolamento dos reinos bárbaros cristãos que voltaram mais ainda para uma economia agrícola e rural, o que contribuiu para a formação do feudalismo.
A tolerância dos muçulmanos para com os povos conquistados permitiu-lhes atingir grande progresso econômico e cultural, pois, utilizando elementos próprios e de outras culturas, desenvolveram conhecimentos e técnicas valiosas até hoje. Foi o caso do uso da bússola e da fabricação do papel e da pólvora, aprendidos com os chineses e introduzidos no Ocidente. Em virtude da enorme extensão de seu império, os árabes difundiram o cultivo de produtos agrícolas, como a cana-de-açúcar, o algodão, o arroz, a laranja e o limão. No campo das ciências desenvolveram a Matemática, com muitas contribuições à Álgebra, Geometria, Trigonometria e Astronomia. Os algarismos que usamos atualmente são uma herança indiana transformada e transmitida aos ocidentais pelos árabes, daí serem chamados arábicos. Até mesmo a palavra algarismo deriva da língua árabe. A Medicina que desenvolveram baseou-se nos conhecimentos dos gregos.
Séculos mais tarde, os turcos, originários da Ásia Central e seguidores do islamismo, conquistaram grande parte dos domínios muçulmanos. Eles formaram no século XIV o Império Turco, que englobou esses domínios e acabou, depois de várias tentativas, conquistando o Império Bizantino, com a tomada
de Constantinopla em 1453."

Ambos os textos podem ser encontrados nos seguintes fóruns digitais para pesquisa do trabalho:
https://www.historiadomundo.com.br/arabe/arabes.htm